NIETZSCHE OU A MANIA DEPRESSIVA DA ORGANIZAÇÃO?
A questão importante é se encontrarei uma expansão de vida ou uma impossibilidade dessa expansão.
Ao querer ultrapassar as dicotomias, Nietzsche faz uma crítica aos dogmáticos e as suas afirmações. Isso fica bem explícito na passagem "...o pior, mais persistente e perigoso dos erros a até hoje foi um erro de dogmático: a invenção platônica do puro espírito e do bem em si" ( Nietzsche, F. Além do bem e do mal, p.8 )
Nietzsche afirma que a decadência da humanidade apareceu claramente com Sócrates, quando estabeleceu a distinção entre dois mundos, pela oposição entre essencial e aparente, verdadeiro e falso. Sócrates "inventou" a metafísica, diz Nietzsche, fazendo da vida aquilo que deve ser julgado, medido, limitado, em nome de valores "superiores" como o Divino, o Bem , o Verdadeiro, o Belo ( O Estado) ( O Direito) Grifo nosso. Com Sócrates, teria surgido um tipo de filósofo voluntário e sutilmente "submisso", inaugurando a época da razão e do homem teórico, que se opôs ao sentido místico de toda tradição da época trágica.
A crítica nietzscheana à metafísica tem um sentido ontológico e um sentido moral, e é um combate à teoria das idéias socrático-platônicas.
Nietzsche tenta resolver a hipertrofia da razão pela inversão de valores, pois inverter todos os valores abala as estruturas morais e relativiza as estruturas do bem. Apesar disso, somente a inversão não daria conta do problema, pois ela ainda mantém a dicotomia e isso não seria suficiente. Portanto, o segundo passo metodológico é a transvalorização de todos os valores, a recuperação da multiplicidade, e aí sim o aniquilamento da dicotomia (binômio metafísico).
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